quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Bonequinha de Luxo

"Procura-se um marido rico. Quero dizem, milionário. Se você se encaixa no perfil, entre em contato com Holly Golightly. Se eu não estiver em casa, deixe recado com meu gato. O nome dele é Gato." Anúncio mais estranho, né? Será que dá pra prender na porta da Tiffany's? Bom, vários milionários entram lá....ah não, mas nossa heroína do momento não vai à Tiffany's para "trabalhar".Ela vai para coisas mais agradáveis, como, por exemplo....o café-da-manhã.


Holly não é uma garota comum. Tudo bem, ela quer um casamento rico e ganha a vida por conta da companhia de homens, como muitas na história do cinema. Mas ela é diferente. É um misto de frieza, tristeza, inocência e beleza, que só uma personagem de Truman Capote e interpretada por Audrey Hepburn poderia ter. Sua vida, louca vida inclui visitas semanais a um mafioso na prisão, festas de arromba e a companhia de vários homens ricos, de onde ela tira seu sustento. Mas isso tudo começa a ganhar um novo sentido quando ela conhece Paul Varjak (ou Fred, como ela o chama).

Fred/Paul e Holly logo se tornam amigos de infância. Ela percebe de cara que ele sustenta sua vida de escritor pelo aconchego da carteira de uma ricaça e ele fica ao lado dela no difícil reencontro com Doc (não vou dizer quem ele é para não estragar a surpresa) e quando ela sabe da morte do irmão. Não é difícil imaginar aonde essa cumplicidade toda vai desaguar, não é mesmo? Mas Paul, infelizmente, não é o que Holly procura.....será que dá pra consertar isso?
Esse é um clássico imortal, do começo até o fim. Entre cenas imortais do cinema figuram o café em frente à Tiffany's, Holly cantando "Moon River" (Henry Mancini é um gênio) e a cena final na chuva....e sem falar nela, né....A atuação de Audrey é hipnotizante.


Mas me desculpem rapazes e meninas que não ligam para isso, mas não posso deixar de falar do lado Fashion desse filme (ou ao contrário, estaria negando minha outra paixão). O figurino de Audrey é o mais atemporal do cinema, e continua sinônimo de elegância até hoje. Não há uma revista de moda que já não tenha colocado essas roupas no hall dos clássicos. O vestido preto de abertura, o grego da festa e o rosa colocaram o senhor Hupert de Givenchy sob os holofotes da Moda. Isso sem mencionar as jóias da Tiffany. Com o filme, a caixinha azul com fita branca foi eternizada. A ligação do filme com a joalheria é tão emblemática que se você entrar hoje numa Tiffany's e perguntar se tem alguma coisa lá por menos de 10 dólares (plageando uma fala do filme), eles te dão uma foto da Audrey autografada!

Ah, não posso deixar de falar da parte "brasileira" do filme também: um dos pretendentes de Holly é o Sr. José da Silva Pereira, rico fazendeiro, que promete levá-la ao Brasil. Ela, então, começa a aprender português: "eu acho que você está gostando do açogueiro" foi a única frase que ela conseguiu falar no filme.....

Ficha Técnica
Título original: Breakfast at Tiffany's
Gênero: drama/romance
Tempo de duração: 115 min
Ano de lançamento (EUA): 1961
Estúdio: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Direção: Blake Edwards
Produção: Richard Shepherd e Martin Jurow
Roteiro: George Axelrod, baseado em livro de Truman Capote
Música: Henry Mancini
Elenco: Audrey Hepburn, George Peppard, Patricia Neal, Buddy Ebsen, Martin Balsam, Alan Reed e Mickey Rooney (por último mesmo, de acordo com o aproveitamento dele no filme rs)







Boa sessão e até a próxima!

6 comentários:

  1. Ah, falar de qualquer filme da Audrey Hepburn é complicado pra mim, porque ela, além de ser minha atriz favorita, é quase que um modelo de vida.

    E "Bonequinha de Luxo" pra mim é um filme que representa tão bem o que a Audrey é. Carisma, talento, meiguice, emoção e simplicidade. Como não se emocionar com ela cantando "Moon River"?? Como não rir com os momentos doidos da Holly??? Como não se emocionar com essa personagem e os dilemas da vida dela??? :-)

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  2. Ai, adorei seu texto! E amo este filme. É tão particular e lírico que se torna apaixonante.

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  3. Um dos melhores trabalhos da Audrey, ela está tão meiga, cativa o modo de olhar e falar, a sua imersão no personagem merecia uma premiação ao Oscar, divina mesmo. O filme, ainda que adaptado sutil, é muito interessante, marcante.


    beijão!

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  4. Vergonha, once again... esse eu sei que é muito clássico para eu não ter visto ainda mas... eu não vi ainda!

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  5. Olá Priscilla,

    Sou leitor do All the Classics e sou cinéfilo de carteirinha. Eu estou mandando esse email porque estou trabalhando numa empresa que desenvolveu um portal sobre cinema - o Cinema Total (www.cinematotal.com). Um dos atrativos do site é que você cria uma página dentro do site, podendo escrever textos de blog e críticas de filmes. Então, gostaria de sugerir que você também passasse a publicar seus textos no Cinema Total - assim você também atinge o público que acessa o Cinema Total e não conhece o All the Classics.

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